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Gelo: ameaça ao transporte
🧊 Como o gelo pode destruir motores e derrubar aviões

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9:53 PM • Feb 3, 2025
📰 THE WEEKLY MATH #59
O que impede seu motor de virar um bloco de gelo em minutos?

✈️ Em 9 de agosto de 2024, um avião da Voepass caiu em Vinhedo, São Paulo, matando todos os 62 ocupantes.
Entre as possíveis causas, uma suspeita chama atenção: a formação de gelo nas asas.
Parece inofensivo, mas um acúmulo fino de gelo pode ser fatal. Ele altera o formato da asa, reduz a sustentação e pode fazer a aeronave perder o controle.
Em poucos segundos, um voo estável pode se transformar em uma queda irreversível.
A aviação tem sistemas anti-gelo para evitar isso. Algumas aeronaves usam ar quente dos motores para aquecer partes críticas.
Outras contam com camadas infláveis nas asas que quebram o gelo antes que ele se acumule.
Mas se esses mecanismos falham ou não são ativados a tempo, o risco de acidente se torna real.
Essa luta contra o congelamento não acontece só nos aviões. No inverno, motores de carro podem sofrer com o mesmo problema.
Se a água do radiador congelar, ela expande e pode trincar o bloco do motor, causando danos irreparáveis.
Para evitar isso, usamos etilenoglicol, um anticongelante que mantém a água fluindo, mesmo em temperaturas abaixo de zero.
O etilenoglicol é um composto químico amplamente utilizado como anticongelante e fluido de arrefecimento em motores.
Seu principal papel é alterar o ponto de ebulição e o ponto de congelamento da água, garantindo que o sistema funcione adequadamente em temperaturas extremas.
POR QUE USAR O ETILENOGLICOL?
A água pura tem um ponto de ebulição de 100°C e um ponto de congelamento de 0°C - em condições normais de pressão.
Isso significa que, em um motor, ela pode ferver sob alta temperatura ou congelar em climas muito frios, causando problemas graves.
Quando misturamos etilenoglicol à água, dois fenômenos acontecem:
Redução do ponto de congelamento – O líquido não congela a 0°C, mas sim a temperaturas muito mais baixas (por volta de -37°C em misturas comuns).
Isso evita que a água solidifique dentro do motor, o que poderia expandir o líquido e causar trincas no bloco do motor.
Aumento do ponto de ebulição – Com a mistura correta, o líquido ferve em temperaturas superiores a 100°C (chegando a cerca de 107-110°C).
Isso impede o superaquecimento do motor, garantindo que o fluido permaneça em estado líquido mesmo sob condições extremas.
É a mesma lógica usada na cozinha quando adicionamos sal na água do macarrão.
O sal faz com que a água ferva a uma temperatura mais alta, acelerando o cozimento e tornando o processo mais eficiente.
Esse detalhe químico, tão simples e presente no dia a dia, pode ser a diferença entre um avião seguro e uma tragédia, entre um motor funcionando e um carro destruído.
No caso do voo em Vinhedo, se o gelo realmente contribuiu para o acidente, ele reforça um fato inquestionável…
Controlar a temperatura dos líquidos não é um capricho da ciência – é o que mantém máquinas, veículos e até vidas em segurança.