Multado!

🚦 As mudanças no trânsito e os radares inteligentes

📰 THE WEEKLY MATH #66

Radares Inteligentes: A Nova Era da Fiscalização de Velocidade

🚦 Mateus era daqueles motoristas que pisavam fundo na estrada e, ao avistar um radar, freava bruscamente para escapar de multas.

Sempre funcionou, pois bastava mostrar para o aparelho, no momento exato, que ele estava dentro do limite.

Essa “tática” o acompanhava todo dia na viagem ao trabalho.

Porém, recentes notícias, , mostram que esse tipo de artimanha está com os dias contados.

As estradas brasileiras vêm recebendo novos equipamentos capazes de calcular a velocidade média do carro.

COMO ASSIM?

Em vez de registrar apenas o instante em que o veículo passa por um ponto, os radares inteligentes coletam dados em dois ou mais locais e fazem os cálculos para descobrir se, no conjunto do trajeto, o motorista dirigiu além do permitido.

No caso de Mateus, nada mais adiantará pisar forte no acelerador e, depois, frear só na frente do radar.

Agora, ao longo de todo o percurso, o sistema vai comparando as informações de horário e placa.

Se o percurso entre os pontos for percorrido em um tempo muito curto, a ferramenta conclui que Mateus manteve uma velocidade acima do limite na maior parte do trajeto.

Resultado: multa na certa.

Segundo o Jornal do Carro, em São Paulo, já estão sendo instalados 33 novos radares com essa tecnologia.

Isso significa que cada quilômetro rodado será considerado, reduzindo o velho hábito de diminuir a velocidade só onde o radar era visível.

Em termos práticos, quem dirige acima do limite agora tem de repensar toda a viagem, não apenas um trecho.

A explicação para esse funcionamento mais completo está na Física.

FISICAMENTE FALANDO

Antigamente, o radar media apenas a velocidade instantânea, pegando o carro como uma “foto” naquele exato segundo.

O novo sistema, porém, faz um “filme” de todo o trajeto, levando em conta tempo e distância.

Na linguagem da cinemática, a velocidade média (v) é o resultado de dividir a distância total (d) pelo tempo total (t).

Para Mateus, isso se traduz em maior segurança e menos chance de provocar acidentes por frenagens bruscas.

Afinal, os sustos de pisar forte no freio ao ver o radar acabam. A fiscalização fica mais justa, pois analisa o comportamento no percurso completo, e não apenas um único momento.

De quebra, a fluidez no trânsito tende a melhorar, já que o motorista percebe que não vale a pena acelerar muito só para ser forçado a reduzir bruscamente em seguida.

Especialistas consultados pelas reportagens afirmam que essa mudança vai impactar positivamente a segurança nas rodovias brasileiras.

Com a redução das variações repentinas de velocidade, diminui o risco de colisões e aumenta o conforto para todos os passageiros.

Além disso, a tecnologia empregada nos radares inteligentes, que combina leitura de placas, sensores de indução no asfalto e câmeras de alta precisão, reforça o compromisso com a modernização do trânsito brasileiro.

Para quem acredita que ainda é possível “driblar” o radar, vale lembrar que essa tecnologia já existe em vários países europeus.

E a experiência mostra que, quando a vigilância considera o tempo total de viagem, a infração fica evidente.

Mateus – e muitos outros motoristas – terão de mudar seus hábitos.

Em vez de correr contra o relógio, o conselho é dirigir de forma mais uniforme e segura, pois, os radares inteligentes vieram para ficar.

Mas e você o que acha dessa nova mudança?

Há mesmo uma tendência de melhora no trânsito tão assustador que já permeia cidades como São Paulo?

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