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Sobre tempo e risco
Você sabia que um acidente a 100 km/h corresponde a uma queda de 13 andares?

Citação de hoje.
“Se reconhecermos que carros autônomos vão prevenir acidentes de carro, a inteligência artificial será responsável por reduzir uma das principais causas de morte no mundo.“
Mark Zuckerberg, cofundador e CEO da Meta Platforms (anteriormente Facebook)
Sobre tempo e risco

Você provavelmente já deve ter visto alguma placa de trânsito com um determinado número dependendo da via onde você está circulando: seja 30 km/h, 40 km/h ou 80 km/h, cada número tem seu motivo, dependendo do lugar, do movimento de pessoas e da função da via.
Mas já parou pra pensar o que esses números significam na prática, no seu dia a dia? Imagina só: se uma rua que você usa todo dia pra ir ao trabalho tivesse um limite arbitrário de 10 km/h, e a distância até lá fosse de 10 km, você levaria uma hora para chegar. Agora, se esse limite dobrasse para 20 km/h, seu tempo cairia pela metade. E se aumentasse para 40 km/h, você faria o trajeto em só 15 minutos!

Fazendo as contas, se você vai e volta do trabalho cinco vezes por semana, com um limite de 40 km/h, em comparação ao limite inicial de 10 km/h, você economizaria uma hora e meia por dia, 7 horas e meia na semana, e mais de 380 horas por ano! Seriam 16 dias de sobra por ano para curtir com a família, se dedicar a hobbies ou simplesmente relaxar.
Matematicamente falando, parece uma boa ideia aumentar os limites de velocidade, né? Mas você com certeza tem uma noção intuitiva do que acontece quando esses limites são aumentados: há também um aumento no risco de fatalidade em caso de um acidente.

Mas como poderíamos quantificar esse risco? Uma alternativa seria fazer comparações energéticas. Por exemplo, a velocidade está associada a um tipo de energia que se chama energia cinética. Tal energia é proporcional à massa de um objeto em movimento e ao quadrado de sua velocidade. Assim, um objeto muito “pesado” em movimento (por exemplo, um caminhão) carrega muito mais energia que um carro na mesma velocidade.
Tem também a energia potencial, que também depende da massa do objeto e ainda da altura em que ele está. Assim, um objeto de massa mais elevada “carrega” uma energia potencial mais alta que outro objeto de massa menor se suspensos a uma mesma altura.
Ambas as energias, cinética e potencial, podem se transformar uma na outra. Por exemplo, um objeto parado em uma altura tem energia potencial, mas não tem energia cinética. Se cair, a energia potencial vira cinética, aumentando a velocidade do objeto.

Agora, imagine isso em termos de um carro em movimento. A energia dele pode ser comparada à altura de um prédio. Então, em uma colisão, é como se o carro "caísse" de determinado número de andares. Quanto maior a velocidade, maior a "queda".
O gráfico abaixo mostra duas coisas: como a velocidade reduz o tempo para um percurso fixo de 20 km (curva cinza com eixo vertical na esquerda) e como aumenta a energia, ou a "altura da queda" (curva azul, com eixo vertical à direita).

Por exemplo, a 30 km/h, é como se você estivesse a um pouco mais de um andar de altura. A 60 km/h, já são 4 andares! E a 120 km/h, mais de 18 andares!
Assim, se comparada a uma velocidade de 30 km/h, uma velocidade de 120 km/h faz com que o tempo de percurso seja cortado por quatro. Entretanto, a altura é aumentada em mais de 16 vezes!
A nossa conclusão: respeite os limites de velocidade, eles estão lá por um bom motivo!
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